Entre animações e blockbusters, a vida do presidente com cara de herói épico vendida em ano eleitoral em uma esquina da Vila Olímpia.
Gravado na sala de cinema, cópia de DVD, pirata de filme divulgado para jurados de festival, com legenda em português, dublado. Por dois dólares a indústria de Hollywood é oferecida em vários formatos sobre caixas de papelão nas esquinas de São Paulo. Quando a polícia desponta na esquina a vitrine desaparece em fast foward.
Enquanto isso em Berlim, em fast forward, todo consumo se transforma em lixo. O delito aqui não necessariamente é a ilegalidade e sim a produção em massa de restos e dejetos do cotidiano de uma sociedade capitalista moderna. Quase como uma ironia, se pinta na própria lixeira: Corpus para todo delicti. Qualquer produto afinal, pirata ou “original”, vira lixo.
artistas em diálogo: São Paulo- Gabriela Canale, Berlim-Ísis Fernandes
genial garotas! a pirataria no brasil gera um lixo inacreditável, pois com ela todos podem ter tudo, mesmo que sem necessidade. filmes que as pessoas veem uma vez e guardam na estante antes de se perderem no lixao. e na alemanha nao é preciso pirataria para que todos tenham tudo que é porcaria, e sem necessidade mesmo. essa sociedade de consumo assusta, e os montoes de lixo que ela produz assustam muito mais. viva o minimalismo e as locadoras de filmes. bjs mil. Ari.