Meditam os gatos, nas suas vinte horas diárias de sono. Meditam a velocidade dos insetos. O afeto quase gratuito dos grandes gatos que os alimentam e mimam. Meditam sem solenidade. Naturalmente iogues, encontram posições de meditação propícias ao encontro com o agora.
Acham o agora sem fazer esforços. Não tremem de ansiedade. Nem balançam as patas traseiras de um lado ao outro por insegurança. Reside na sabedoria instintiva do agora a permanência estável no mundo.
O mundo dos gatos é meditativo também por razões que nos são completamente desconhecidas. Sabemos sua anatomia, conhecemos sua evolução felina. Mas não os somos. No máximo, com eles aprendemos e a eles servimos.
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