e o siLÊNCIO é uma agressão ao tempo. não falamos. calamos. e fomos o que de nós restou sábio. a vastidão das planícies. as copas verdes que balançam. e eu me resguardo ao direito de ser nada. de nunca poder ser nada. de não haver eu suficiente para criar nenhuma rima, ou imagem.
e o silêncio nos transtorna. porque ele guarda a denúncia da nossa solidão.
fingimos que risadas, drogas, poemas e imagens nos ocupam. mas há dias de nada. de cultivar nossa vastidão.
de desobedecer o afeto, de pedir a clausura dos versos, ao reverso. e tudo isso fazemos em língua portuguesa, crendo que a vastidão nos separa do incômodo do existir.
-23.548943
-46.638818
Gostar disto:
Gosto Carregando...
Relacionado
Publicado por jkscatena
Jaime Scatena é um fotógrafo e jornalista premiado especializado em fotografia de viagens, arquitetura e street photography. Seu trabalho foi publicado em revistas e jornais no Brasil, bem como em séries limitadas de cartões postais e posters. Atualmente coordenador do Projeto Multigraphias, Jaime tem explorado diversas formas de expressar-se artísticamente através de fotografia, colagem, pintura, desenho, arte postal, animações e artemídia.
|
Jaime Scatena is an award winning Brazilian photographer specializing in Travel, Architecture and Street Photography. Jaime’s work has been published in magazines as well as on limited series postcards and posters.
He’s currently coordinating the Multigraphias Project and working on developing his artistic language, exploring collage, painting, stamps, postal art and artmidia.
www.jkscatena.com.br
photo.jkscatena.com
Ver todos os artigos por jkscatena