Na postagem de ontem, deparamo-nos com a questão, aparentemente simples, que diz: “o que é arte?” A única a dar uma resposta satisfatória foi Juju, na imagem de Alex Villegas: “Artes é tudo aquilo que me empressiona”. Nós todos só fizemos rodeios, alusões. Juju não – ela foi direto ao ponto. E a resposta dela nos dá uma boa pista para investigar a questão. Partindo do que ela escreveu, é possível tomar o caráter “artístico” não como uma qualidade imanente ao objeto, mas como subordinado à perspectiva de quem vê. De forma que uma pessoa pode dizer: “Matisse, pra mim, não é arte”. E não há como contestar a sentença, já que a arte depende, se aceitarmos a teoria de Juju, não de um juízo objetivo e válido universalmente, mas de uma capacidade de “empressão” subjetiva.
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Creio que, se indagada a respeito do que é anti-arte, Juju diria: “Anti-artes é tudo aquilo que não me empressiona”.
Anti-arte, antes de mais nada, é uma (des)ética.
Por que, si lo hay, soy contra.
- Photos 1: (anti… | Jaguariúna | Tiago Spina)
- Photo 2: ( Anti-dadatate | London | R.Cambusano )
- Text and Interventioin over da Vinci´s painting “Lady with an ermine”: (I am a lady | Curitiba | Ygor Raduy)
- Photo 3 and text 2: (untitled | Alex Villegas | São Paulo)
- Intervention 2 over Jean Dominique Ingres Painting “L´éditeur Bertin” : (Le Mounsieur Hebe | Curitiba | Ygor Raduy)
- Photo 4: (Anti-arte urbana | Roma | Jaime Scatena)