Roteiro Para UM DIA de maio de 2011
-
Pegar um mapa da cidade.
-
Escolher um bairro.
-
Fotografar ou desenhar o espaço escolhido dentro do bairro.
-
Dialogar com o espaço.
-
Compartilhar.
1. São Paulo
2. Centro
3. Fotos do espaço escolhido
4. Dialogar – VÍDEO
5. Compartilhar – São Paulo, um dia
——————————————————————————————————————
-
Pegar um mapa da cidade: São Paulo
-
Escolher um bairro: centro (Av. Paulista com Augusta)
-
Fotografar ou desenhar o espaço escolhido dentro do
bairro (a esquina quase em frente ao Conjunto Nacional).
-
Dialogar com o espaço
-
Compartilhar
WI-VI wireless-view Nelson WIlbert e Viviane Gueller propõem um encontro de suas poéticas a partir da deriva. A deriva como processo de conhecimento urbano, segundo Guy Debord (criador da Teoria da Deriva), ele mesmo um derivante de caminhadas e conversas. Partindo em busca da significância das coisas ordinárias, retratando-as tais como elas são - em vários “passeios” pelo bairro Navegantes - a pesquisa acabou por se desdobrar em diferentes caminhos. A partir de um foco incerto, como unir olhares plurais em um único trabalho? Seria o espelhamento recíproco uma forma de uni-los? Neste trabalho a quatro mãos, usamos a fotografia - ao nos fotografarmos frente-à-frente e simultaneamente - como mídia para a aproximação de nossas poéticas. O artista plástico Carlos Krauz observa: “O título WI-VI e o procedimento dos artistas se fotografarem me trouxe à mente a idéia de vis-à-vis: uma expressão francesa que quer dizer, inicialmente, em face, defronte, frente-a-frente, olho no olho. Com isso os artistas exercitam, nos procedimentos e nos resultados, um certo tipo de ‘enfacialidade’, conceito tão caro à pintura”. Nesse encontro, espaços vazios, janelas-portas cerradas, intersecções, natureza X concreto, ruídos - observações recolhidas ao longo de meses em caminhadas por Navegantes - fundem-se em uma só narrativa. A Avenida da Pátria percorrida e registrada por inteiro - de uma ponta a outra - ao longo de um domingo. Como hoje.
Todo chão é móvel…
Toda construção é imaginária…
Todos os mapas são representações…
das várias possibilidades ou limites dessas possibilidades…
basta o caminhar… basta o caminho…
Dizem que o caminho passa por aquele
Alto monte,
Mas
Antes passa por um assustador lamaçal,
E um pouco antes
Pelo sorrateiro pântano morto
E ainda antes dele
Experimenta-se o clima seco e imediato
E vazio da noite do recente deserto
Logo nas fronteiras do pântano
E antes de tudo isso ainda
O caminho passa pela coragem
De sair daqui
E ir.
E ir, sair, partir
Deve ser o primeiro e mais assustador
Lugar a desafiar
Ainda mais sabendo que não vou.(junho 2003)
Cities in dialogue: Roteiro, Mapa de São Paulo, Mapa Centro de São Paulo, Photos 1-12, Video I, Sound I : São Paulo (Patrícia Francisco); photos e collages 13-17 and video II: São Paulo (Gabriela Canale); video III: porto alegre (viviane gueller); photo-collage 18: Natal (Jean Sartief); Photos 18-21: S. J. do Rio Preto (Tiago Spina); Gif 1,2,3, and Poem: Anápolis (Rei de Souza)
Essa igreja na São João com Arouche, se não me engano e não me falha a memória – já são mais de 20 anos – foi onde eu cantei por uns 3 anos. É a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo e o coral é o Cantafro, dirigido por Estevão Maya Maya. Muito sentimento nisso.
O vídeo das fotos por Porto Alegre (WiVi) – é em POA, né? – está muito instigante. As trocas, as fotos e a música fazem um conjunto que ajuda a observar melhor a paisagem e as coisas da cidade.
Sim, é essa igreja que você menciona. O trajeto mostrado em minhas imagens inicia nos arredores do Pateo do Colégio, finalizando na Avenida São João, um diálogo entre memória e história.