Cities in dialogue: video 1:Curitiba (Ygor Raduy); photos 1,2,3 and 4: Porto Alegre (Joelson Bugila); video 2: São Paulo (Gabriela Canale); photos:5 and 6:São Paulo (Tiago Spina); video 3: London (Luciana Franzolin); photo 7 and 8: Berlin (Ísis Fernandes); Video 4: São Paulo (Patrícia Francisco);
O diálogo de hoje me trouxe uma questão importante sobre a relação entre as cidades vividas e as imaginadas. Com o vídeo “As cidades que não estão ali”, Ygor Raduy pergunta sobre as cidades representadas, aquelas que desenhamos ou apenas mapeamos mentalmente.
Em seguida, Joelson Bugila publica, como resposta ao vídeo e ao título do Ygor, uma série de stills de um filme da década de 70. A série batizada de “cidade fake” me trouxe a ideia de que convivemos com cidades que jamais conhecemos com corpo presente, mas que abundam na memória de imagem representada.
Quantas vezes não vimos Nova Iorque em tomadas aéreas belas ou assustadoras nos filmes, games e seriados apocalípticos? Quantas cidades habitam em nós apenas como imagens?
De que forma elas podem ser fotografadas? Como os still apreendidos do Bugila? Como estas cidades que nunca conheci se colocam quando eu fotografo as ruas dos meu bairro?
Respondi à pergunta criando um filme: cidades imaginadas. Mas continuo me perguntando se esta ideia de registrar apenas as palavras da cidade não me limita a uma cidade visível e suprime as cidades interessantes que são as cidades imaginadas.
Quando abri o post no meu celular, não consegui ver o vídeo do Ygor, mas título me fez pensar na cidade que já esteve ali e não está mais. Estes guindastes estao onde existia uma parte histórica do Soho que foi destruída para a construção de uma estação modernosa de metrô.