Enquanto num outro lado do mundo, num quadrado, senta um homem apaziguado, absorto em suas reflexões, num outro lado há um rosto que súbito te vê, numa multidão de mil capacetes que guardam cabeças que aparentemente não vão refletir quando tiverem que bater com os braços e cacetetes.
O 1. de Maio calmo parece tão paulista. Em Berlim o 1. de Maio nada tem de pacífico: em quase todos os cantos se encontram policiais, escondidos atrás de máscaras-capacetes, mal se vê suas feições, mal se sabe se são ainda qualquer carne ou algum osso.
artistas em diálogo: São Paulo- Gabriela Canale, Berlim-Ísis Fernandes